Agora com investimentos privados, Bancada Federal tenta ressuscitar projeto do Gasoduto.
- RONGÁS
- 16 de ago. de 2021
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Anos a fio de conversas sem fim. Dezenas e dezenas de reuniões. Centenas de notícias sobre o assunto na mídia. Mais de uma década em que se perdeu tempo com o assunto e…nada! Pois agora, quando ninguém mais falava dele, o tema gasoduto Urucu-Porto Velho volta à pauta. Ele foi levado ao presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, por um grupo de deputados federais de Rondônia, acompanhados pelo ex governador e senador Confúcio Moura. Os deputados Leo Moraes, Mauro Nazif, Silvia Cristina, Jaqueline Cassol e Coronel Chrisóstomo ressuscitaram o tema, num encontro que teve também a presença do presidente da Rongás, o advogado Richard Campanari. Dessa vez, o assunto evoluiu pelo interesse privado em investir no gasoduto. Segundo a nova proposta, que recém começa a ser analisada pela Petrobras, a implantação do gasoduto não custaria nada aos cofres do Estado e da União. Não existiria mais, portanto, a necessidade da Petrobras construir o gasoduto, porque, segundo Campanari, a iniciativa privada é quem tomaria à frente da obra e de todos os seus custos. Outros encontros deverão ser realizados, para continuar tratando do assunto. Castelo Branco não deu uma posição definitiva da Petrobras, mas o fato de que não haverá investimentos públicos, mas apenas privados, certamente poderá mudar o caso do gasoduto que viria de dentro da floresta para abastecer a Capital rondoniense, da situação de morto para ressuscitado. Há alguns anos, ninguém mais falava sobre o assunto, que foi mote de discurso do ex senador Valdir Raupp e de vários políticos, mas que, na verdade, sempre teve total oposição dos amazonenses e seu poderoso lobby, junto ao governo federal.
Há várias questões sobre o gasoduto até hoje não resolvidas. O gás de Urucu é suficiente para atender Manaus, onde ele já abastece há vários anos e também Porto Velho? Os rondonienses dizem que sim; os amazonenses dizem que não. E um dos maiores obstáculos do projeto da obra, o fato de que ela passaria entre várias áreas indígenas e de proteção ambiental, o que sempre teve duríssima oposição dos ambientalistas (e principalmente das ONGs estrangeiras, que mandam e desmandam na nossa região), nos dias atuais seriam obstáculos vistos por outro viés? A verdade é que o gás, se chegasse por aqui, representaria a chegada de uma forma limpa e barata de energia. A questão é que há tantos interesses em jogo, que não se sabe realmente qual a verdade sobre o futuro do gasoduto. Não importa o que ocorra, preparemo-nos, pois, para pelo menos mais uma década de debates, sugestões, idas e vindas em torno de um projeto que é viável, mas continua estando muito longe de se tornar realidade.
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